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16 de nov. de 2009

Alma nua






Hoje, falo pouco...
Aliás, quase não tenho falado nesse espaço, mas apenas por falta de tempo, que agora já esta voltando ao normal também.
Tenho coisas pra contar... Histórias, saudades, poesias....
Mas hoje, falo pouco, faço apenas uma pequena homenagem à quem souber o que é amar.
Hoje sou poesia, e mesmo a distância dos meus dias se faz lirismo em meu coração.

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Moraes


Amor à todos
Beijos na alma

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